BEM-VINDOS À FESTA DO NOSSO PADROEIRO!

sábado, 29 de agosto de 2009

EVANGELHO DO DIA - Ano B - Dia: 30/08/2009


Um olhar para o coração

Leitura Orante
Mc 7,1-8.14-15.21-23
Alguns fariseus e alguns mestres da Lei que tinham vindo de Jerusalém reuniram-se em volta de Jesus. Eles viram que alguns dos discípulos dele estavam comendo com mãos impuras, quer dizer, não tinham lavado as mãos como os fariseus mandavam o povo fazer. (Os judeus, e especialmente os fariseus, seguem os ensinamentos que receberam dos antigos: eles só comem depois de lavar as mãos com bastante cuidado. E, antes de comer, lavam tudo o que vem do mercado. Seguem ainda muitos outros costumes, como a maneira certa de lavar copos, jarros, vasilhas de metal e camas.) Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram a Jesus: - Por que é que os seus discípulos não obedecem aos ensinamentos dos antigos e comem sem lavar as mãos? Jesus respondeu: - Hipócritas! Como Isaías estava certo quando falou a respeito de vocês! Ele escreveu assim: "Deus disse: Este povo com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim. A adoração deste povo é inútil, pois eles ensinam leis humanas como se fossem mandamentos de Deus." E continuou: - Vocês abandonam o mandamento de Deus e obedecem a ensinamentos humanos. Jesus chamou outra vez a multidão e disse: - Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura. Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.

LEITURA ORANTE
Preparo-me para a Leitura, rezando com todo o povo a Oração pela Missão Continental Senhor, Deus da vida e do amor, enviastes o vosso Filho para nos libertar das forças da morte e conduzir-nos no caminho da esperança. Movei-nos pelo dom do vosso Espírito! Fazei-nos discípulos, comprometidos com o anúncio do Evangelho em nosso Pátria, em comunhão com a Missão Continental. Fazei-nos missionários, caminhando ao encontro de nossos irmãos e irmãs, acolhendo a todos, sobretudo os jovens, os afastados, os pobres, os excluídos. Virgem Mãe Aparecida, Intercedei junto ao vosso Filho, para que sejamos fiéis ao nosso compromisso de discípulos missionários . Amém!

1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Mc 7,1-8.14-15.21-23, e observo pessoas, palavras, relações, lugares. Em volta de Jesus estão os fariseus e os mestres da Lei. Os fariseus observavam estritamente a Lei e, ainda, ampliavam a aplicação das leis. Isto tornava muito difícil observá-las. Este rigorismo fazia com que se perdesse de vista o "espírito" das normas ou leis. É o que diz Jesus no Evangelho, quando afirma: "com a sua boca diz que me respeita, mas na verdade o seu coração está longe de mim". Os doutores da Lei, também chamados rabis ou mestres, interpretavam a Lei e a aplicavam ao dia-a-dia.Jesus não havia freqüentado nenhuma escola rabínica, mas os discípulos o chamavam de Mestre. No Evangelho ele se revela um verdadeiro Mestre. Não se deixa dominar pelo legalismo farisaico, por aqueles que se julgavam os mais entendido, sabedores de tudo, preocupados com o formalismo. Diz com firmeza que é de dentro do coração que saem as impurezas e maldade:" os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências". Em outras palavras, Jesus diz que o importante é a conversão do coração.

2. Meditação
(Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Jesus, no Evangelho de hoje, nos convida a não nos iludir, buscando pureza exterior e aparências de pessoas que tudo explicam e entendem, inferiorizando os irmãos e lhes impondo observâncias que nada significam em termos de conversão para Deus. A conversão é um dos aspectos do discípulo missionário, que acontece só após um encontro com Jesus Cristo. Os bispos na Conferência de Aparecida disseram: "A Conversão é a resposta inicial de quem escutou o Senhor com admiração, crê nEle pela ação do Espírito, decide ser seu amigo e ir após Ele, mudando sua forma de pensar e de viver, aceitando a cruz de Cristo, consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida. " (DA 178,b). Como cultivo a minha observância religiosa: procuro ser fiel a Deus, vivo em contínua conversão, ou me preocupo com práticas rotineiras, sem muita transformação de vida?

3.Oração
(Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo: Vem, ó Espírito Santo, e dá-me um coração novo. Dá-me um coração puro, treinado no amor, um coração grande, aberto à Palavra de vida, "um coração grande e forte, para a todos amar, a todos servir, com todos sofrer; um coração feliz de palpitar com o coração de Deus."

4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar, a partir da Palavra? "Somos chamados a encarnar o Evangelho no coração do mundo", dizem nossos pastores. (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2008-2009, no 21). Como vou viver esta exigente missão? Meu novo olhar, em vista desta missão, é de grande humildade para perceber o que em mim deve mudar para que o Evangelho possa antes fazer parte da minha vida e depois , pelo meu testemunho ser proclamado ao mundo Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Comentário do Evangelho
As leis
Temos aqui um longo texto de contestação as observâncias judaicas. O questionamento é sobre a lei de pureza, infringida no comer com mãos impuras. A resposta de Jesus é abrangente, descaracterizando o mérito das leis de pureza e das demais tradições opressoras. Abandonam a lei de Deus, lei do amor, pelas tradições dos seres humanos, ideologizadas, criadas para garantir interesses pessoais e grupais. As centenas de exigências de pureza implicavam situações que os pobres não tinham condições de observar devido a suas carências e necessidades. Assim os pobres eram humilhados e submetiam-se à exploração econômica das elites religiosas e sociais. As leis eram criadas para gerar a exclusão e submissão, que abriam as portas para a exploração. Jesus questiona como o apego à tradição humana leva a abandonar o principal, o amor ao próximo, que é o mandamento de Deus. Eram muitas "as leis e os decretos" a serem observados, os quais caracterizavam a superioridade do povo de Israel em relação aos outros povos (primeira leitura). Prevalecia neste conjunto de leis a mera tradição humana, que até chegava a opor-se ao verdadeiro projeto de Deus. Com uma inversão, Jesus revela que a impureza é, na realidade, o apego à materialidade do culto, relegando a segundo plano, ou omitindo-se, os gestos concretos de amor ao próximo, aos mais carentes e necessitados. "A religião pura e sem mancha diante de Deus e Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas dificuldades e guardar-se da corrupção do mundo" (segunda leitura).

Oração
Senhor Jesus, não permitas que eu me iluda, buscando uma pureza exterior, quando a que te agrada é a que provém do meu interior.

Colaboradora
Cleane Medeiros

domingo, 23 de agosto de 2009

EVANGELHO DO DIA - Ano B - Dia: 23/08/2009


As palavras de vida eterna
Leitura Orante
Jo 6,60-69
Muitos seguidores de Jesus ouviram isso e reclamaram: - O que ele ensina é muito difícil! Quem pode aceitar esses ensinamentos? Não disseram nada a Jesus, mas ele sabia que eles estavam resmungando contra ele. Por isso perguntou: - Vocês querem me abandonar por causa disso? E o que aconteceria se vocês vissem o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito de Deus é quem dá a vida, mas o ser humano não pode fazer isso. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida, mas mesmo assim alguns de vocês não crêem. Jesus disse isso porque já sabia desde o começo quem eram os que não iam crer nele e sabia também quem ia traí-lo. Jesus continuou: - Foi por esse motivo que eu disse a vocês que só pode vir a mim a pessoa que for trazida pelo Pai. Por causa disso muitos seguidores de Jesus o abandonaram e não o acompanhavam mais. Então ele perguntou aos doze discípulos: - Será que vocês também querem ir embora? Simão Pedro respondeu: - Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou.

LEITURA ORANTE
Preparo-me para rezar a Palavra com a oração: Espírito de verdade, a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me. Que eu conheça Jesus Mestre e compreenda o seu Evangelho. Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura
(Verdade)
O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Jo 6,60-69, e observo pessoas, palavras, relações, lugares. Jesus desafia seus ouvintes. Sua preocupação está na capacidade que as pessoas têm de ouvir sua mensagem, compreendê-la e se comprometer com ela. E com razão. Muitos o abandonam. Pedro, porém, pelo grupo dos discípulos, dá uma resposta cheia de comprometimento: "Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou."

2. Meditação
(Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Assumo a postura de discípulo/a e missionário/a? Qual é a minha missão? Ou, prefiro, afastar-me?

3.Oração
(Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com Paulo VI: Jesus, Mestre divino, que chamastes os Apóstolos a vos seguirem,continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens. Dai coragem às pessoas convidadas. Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos,como diáconos, padres e bispos, como religiosos e religiosas,para o bem do Povo de Deus e de toda a humanidade. Amém.

4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Meu olhar, hoje, é iluminado pelas Palavras de vida eterna do Mestre Jesus Cristo. Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Comentário do Evangelho
Os discipulos não compreendem Jesus
Após um debate com os judeus que se escandalizavam com as palavras de Jesus sobre o "pão descido do céu", são os próprios discípulos que murmuram por causa destas palavras. No prólogo do Evangelho, temos o anúncio de que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14). Agora Jesus associa a "carne" às suas palavras, que são Espírito e vida. A encarnação é grandiosa na revelação da carne unida perfeitamente ao Espírito de Deus, em Jesus. E é o Espírito que dá a vida que vem do Pai e leva ao Pai. O tema da incompreensão de Jesus por parte dos discípulos é uma constante nos Evangelhos. Agora, alguns abandonam Jesus. São os que esperam dele sinais de poder e mostram-se insensíveis aos seus sinais de amor e compaixão. Escandalizam-se com as palavras de Jesus ao se apresentar como enviado pelo Pai do céu para comunicar a vida eterna. Porém Pedro, em nome dos demais, confirma sua fé e perseverança: "Tu tens palavras de vida eterna". Ir a Jesus é viver o amor e a unidade em todas as situações de nossa vida, em comunhão com todos, principalmente com os mais fracos e excluídos, conscientes de que somos todos membros do corpo de Cristo (cf. segunda leitura). Na primeira leitura, temos a proclamação da fidelidade das tribos de Israel em servir o Senhor, sob o comando de Josué.

Oração
Senhor Jesus, estou disposto a seguir-te sempre, pois só tu tens palavras de vida eterna.

Fonte:http://www.paulinas.org.br/loja/CentralUsuarioLogin.aspx
Colaboradora
Cleane Medeiros

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

EVANGELHO DO DIA - Ano B - Dia: 16/08/2009


Maria visita Isabel

Lc 1,39-56

Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto: - Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse. A Canção de Maria Então Maria disse: - A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador. Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva! De agora em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso fez grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade a todos os que o temem em todas as gerações. Deus levanta a sua mão poderosa e derrota os orgulhosos com todos os planos deles. Derruba dos seus tronos reis poderosos e põe os humildes em altas posições. Dá fartura aos que têm fome e manda os ricos embora com as mãos vazias. Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre. Maria ficou mais ou menos três meses com Isabel e depois voltou para casa.

Comentário do Evangelho
Visitação
A cena da visitação de Maria a sua prima Isabel é exclusiva de Lucas. A narrativa desenvolve-se em torno de dois conteúdos teológicos: o primeiro, é afirmação da subordinação de João Batista a Jesus desde o ventre materno; o segundo, é a apresentação sumária do projeto salvífico de Deus. Em uma cena que sugere dinamismo e presteza, Maria vai, apressadamente, percorrendo montanhas, até a cidade e a casa de Isabel. A presença de Jesus no ventre de Maria faz o menino (João) exultar no ventre de Isabel, e esta fica repleta do Espírito Santo. Ela reconhece que Maria é a mãe do Senhor. As palavras de Maria, em seu cântico, resumem o projeto de Deus. Ela é a escolhida para participar de maneira grandiosa no projeto de Deus, a partir da sua maternidade. E o seu Deus é o Deus misericordioso que vem libertar os pobres do jugo dos ricos poderosos. Na primeira leitura, em um combate celestial no estilo apocalíptico judaico marcado pelo dualismo, aparece a figura da mulher cujo filho vence o dragão. A tradição identifica esta mulher com Maria. Na segunda leitura, Paulo apresenta a ressurreição como a vitória da vida sobre a morte. Conforme a tradição da Igreja sobre a Assunção de Maria, ao terminar sua vida terrena, ela permanece participando da vida divina. Fica, assim, em evidência a continuidade da vida presente, no mundo, com a vida eterna na comunhão de amor com Deus. Esta continuidade, que já acontece com Jesus, nos é dada pela graça de Deus.

Oração
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.
Fonte: Site Paulinas
Colaboradora
Cleane Medeiros

domingo, 9 de agosto de 2009

O QUE É A CASTIDADE?

O sexo tem um sentido muito profundo; é o instrumento da expressão do amor conjugal e da procriação. Toda vez que o sexo é usado antes ou fora do casamento, de qualquer forma que seja, peca-se contra a castidade.

A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual (Cf. Gl 5,22-23). O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo. (Cat. §2345)

“E todo aquele que nele tem esta esperança, se torna puro como ele é puro.” (1Jo 3,3) A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade do homem em seu ser corporal…

Para se viver uma vida casta é necessário uma aprendizagem do domínio de si; ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz.

Santo Agostinho disse que: “A dignidade do homem exige que ele possa agir de acordo com uma opção consciente e livre, isto é, movido e levado por convicção pessoal e não por força de um impulso interno cego ou debaixo de mera coação externa. O homem consegue esta dignidade quando, libertado de todo cativeiro das paixões, caminha para o seu fim pela escolha livre do bem e procura eficazmente os meios aptos com diligente aplicação.” (Confissões, 10,29,40).

Para se viver segundo a castidade é preciso resistir às tentações através dos meios que a Igreja nos ensina: fugir das tentações, obedecer os mandamentos, viver uma vida sacramental, especialmente freqüentando sempre a Confissão e a Comunhão, e viver uma vida de oração. Muito nos ajuda nisto a reza do santo Rosário de Nossa Senhora e a devoção e auxílio dos santos. (cf. Cat. §2340)

Santo Agostinho disse que: “A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido quando nos dispersamos na multiplicidade.” (Confissões, 10,29,40) A virtude da castidade é comandada pela virtude cardeal da temperança, que faz depender da razão as paixões e os apetites da sensibilidade humana. (cf. Cat. §2341). O homem que vive entregue às paixões da carne, na verdade vive de “cabeça para baixo”; sua escala de valores é invertida; torna-se fraco. Não é mais um homem; mas um caricatura de homem.

Infelizmente a sociedade hoje ensina os jovens a darem vazão e satisfação a todos os baixos instintos; essa “educação” é uma forma de animalizar o ser humano, pois coloca os seus instintos acima de sua razão e de sua espiritualidade.

O domínio de si mesmo é fundamental para a pessoa ser capaz de doar-se aos outros. A castidade torna aquele que a pratica apto para amar o próximo e ser uma testemunha do amor de Deus. Quem não luta para ter o domínio de si mesmo é um egoísta; não é capaz de amar. Por isso, a castidade é escola de caridade. A Igreja ensina que: “Todo batizado é chamado à castidade. O cristão “se vestiu de Cristo” (Cf. Gl 3,27), modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade” ( Cat. §2348).

Santo. Ambrósio ensinava que: “As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na continência; isto significa viver a vida sexual apenas com o seu cônjuge. Existem três formas da virtude da castidade: a primeira, dos esposos; a segunda, da viuvez; a terceira, da virgindade. Nós não louvamos uma delas excluindo as outras. Nisso a disciplina da Igreja é rica (Vid. 23)”. ( Cat. §2349)

Também os noivos são chamados a viver em castidade. A vida sexual só deve ser vivida após o casamento, pois só então o casal se pertence mutuamente, e para sempre, com um compromisso de vida assumido um com o outro para sempre.

“Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade”. ( Cat. §2350)

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br
Do livro A MORAL CATÓLICA
Colaboradora
Cleane Medeiros

NAMORO, TEMPO DE ESCOLHER E DE CONHECER


ATENÇÃO JOVENS!

Quando você vai comprar um sapato ou um vestido, não leva para casa o primeiro que experimenta, é claro. Você escolhe, escolhe… até gostar da cor, do modelo, do preço, e servir bem nos seus pés ou no seu corpo. Se você escolhe com tanto cuidado um simples sapato, uma calça, quanto mais cuidado você precisa ter ao “escolher” a pessoa que deve viver ao seu lado para sempre, construir uma vida a dois com você, e dando vida a novas pessoas.

Talvez você possa um dia mudar de casa, mudar de profissão, mudar de cidade, mas não acontece o mesmo no casamento. É claro que você não vai escolher a futura esposa, ou o futuro marido, como se escolhe um sapato. Já dizia o poeta que “com gente é diferente”. Mas, no fundo será também uma criteriosa escolha.

Se você escolher namorar aquela garota, só porque ela é “fácil”, pode ser que você chore depois se ela o deixar por outro. Se você escolher aquele rapaz só porque ele é um “gato”, pode ser que amanhã ele faça você chorar quando se cansar de você. O namoro é este belo tempo de saudável relacionamento entre os jovens, onde, conhecendo-se mutuamente, eles vão se descobrindo e fazendo “a grande escolha”.Já ouvi alguém dizer, erradamente, que “o casamento é um tiro no escuro”; isto é, não se sabe onde vai acertar; não se sabe se vai dar certo. Isto acontece quando não há preparação para a união definitiva, quando não se leva a sério o amor pelo outro.

A preparação para o seu casamento começa no namoro, quando você conhece o outro e verifica se há afinidade dele com você e com os seus valores. Se o seu namoro for sério, seu casamento não será um tiro no escuro, e nem uma roleta da sorte. O seu casamento vai começar num namoro. Por isso, mão brinque com ele, não faça dele apenas um passa – tempo, ou uma “gostosa” aventura; você estaria brincando com a sua vida e com a vida do outro. Só comece a namorar quando você souber “porque” vai namorar. Mais importante do que a idade para começar a namorar, 15 anos, 17 anos, 22 anos, é a sua maturidade. A idade em que você deve começar a namorar é aquela na qual você já pensa no casamento, com seriedade, mesmo que ele esteja ainda longe.

Para que você possa fazer bem uma escolha, é preciso que saiba antes o que você quer. Sem isto a escolha fica difícil. Que tipo de rapaz você quer? Que qualidades a sua namorada deve ter? O que você espera dele ou dela? Esta premissa é fundamental. Se você não sabe o que quer, acaba levando qualquer um… Os valores do seu namorado devem ser os mesmos valores seus, senão, não haverá encontro de almas. Se você é religiosa e quer viver segundo a Lei de Deus, como namorar um rapaz que não quer nada disso? É preciso ser coerente com você.

Se você tem uma boa família, seus pais se amam, seus irmãos estão juntos, então será difícil construir a vida com alguém que não tem um lar e não dá importância para o valor da família. Tenho encontrado muitos casais de namorados e de casados que vivem uma dicotomia nas suas vidas religiosas; e isto é motivo de desentendimento entre eles. Há jovens que pensam assim: “eu sou religiosa e ele não; mas, com o tempo eu o levo para Deus”. Isto não é impossível; e tenho visto acontecer. No entanto, não é fácil. E a conversão da pessoa não basta que seja aparente e superficial; há que ser profunda, para que possa satisfazer os seus anseios religiosos. Não se esqueça que a religião é um fator determinante na comunhão do casal e na educação dos filhos.

Não renuncie os seus autênticos valores na escolha do outro. Se é lícito você tentar adequar-se às exigências do outro, por outro lado, não é lícito você matar os seus valores essenciais para não perdê-lo. Não sacrifique o que você é, para conquistar alguém. Há coisas secundárias dos quais podemos abdicar, sem comprometer a estrutura básica da vida, mas há valores essenciais que não podem ser sacrificados. Já vi muitas moças cristãs aceitarem um namoro com alguém divorciado, por medo de ficarem sós. É melhor ficar só, do que violar a Lei de Deus; pois ninguém pode ser plenamente feliz se não cumpre a vontade Dele. Portanto, saiba o que você quer, e saiba conquistá-lo sem se render. Não se faça de cego, nem de surdo, e nem de desentendido.

Para que você possa chegar um dia ao altar, você terá que escolher a pessoa amada; e, para isto é fundamental conhecê-la. O namoro é o tempo de conhecer o outro. Mais por dentro do que por fora. E para conhecer o outro é preciso que ele “se revele”, se mostre. Cada um de nós é um mistério, desconhecido para o outro. E o namoro é o tempo de revelar (= tirar o véu) esse mistério. Cada um veio de uma família diferente, recebeu valores próprios dos pais, foi educado de maneira diferente e viveu experiências próprias, cultivando hábitos e valores distintos. Tudo isto vai ter que ser posto em comum, reciprocamente, para que cada um conheça a “história “ do outro. Há que revelar o mistério! Se você não se revelar, ele não vai conhecê-la, pois este mistério que é você, é como uma caixa bem fechada e que só tem chave por dentro. É a sua intimidade que vai ser mostrada ao outro, nos limites e na proporção que o relacionamento for aumentando e se firmando.

É claro que você não vai mostrar ao seu namorado, no primeiro dia de namoro, todos os seus defeitos. Isto será feito devagar, na medida que o amor entre ambos se fortalecer. Mas há algo muito importante nesta revelação própria de cada um ao outro: é a verdade e a autenticidade. Seja autêntico, e não minta. Seja aquilo que você é, sem disfarces e fingimentos mostre ao outro, lentamente, a sua realidade.

A mentira destrói tudo, e principalmente o relacionamento. Não tenha vergonha da sua realidade, dos seus pais, da sua casa, dos seus irmãos, etc. Se o outro não aceitar a sua realidade, e deixá-lo por causa dela, fique tranqüilo, esta pessoa não era para você, não o ama. Uma qualidade essencial do verdadeiro amor é aceitar a realidade do outro. O amor pelo outro cresce na medida que você o conhece melhor. Não se ama alguém que não se conhece.
Não fique cego diante do outro por causa do brilho da sua beleza, da sua posição social ou do seu dinheiro. Isto impediria você de conhecê-lo interiormente e verdadeiramente.

Lembre-se de uma coisa, aquilo que dizia Saint Exupéry: “o importante é invisível aos olhos”. “Só se vê bem com o coração”. São Paulo nos lembra que o que é material é terreno e passageiro, mas o que é espiritual é eterno. Tudo o que você vê e toca pode ser destruído pelo tempo, mas o que é invisível aos olhos está apegado ao ser da pessoa e nada pode destruir. Esse é o seu verdadeiro valor.

A beleza do corpo dela hoje, embora seja importante, amanhã não existirá mais quando o tempo passar, os filhos crescerem… O amor não é um ato de um momento, mas se constrói “a cada momento”. Não se pode conhecer uma pessoa “à primeira vista”, é preciso todo um relacionamento. Só o tempo poderá mostrar se um namoro deve continuar ou terminar, quando cada um poderá conhecer o interior do outro, e então, puder avaliar se há nele as exigências fundamentais que você fixou.

Prof. Felipe Aquino – http://www.cleofas.com.br/
Colaboradora
Cleane Medeiros

DEUS É PAI

Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se
Perto do fogão de lenha da minha casa
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro
Que ficava num lugar de sombra constante.
Ele tinha feições de homem feliz, realizado
Parecia imerso na alegria que é própria
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.
Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu bolsoE pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço
Mas aquele homem não era Deus,
Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri
Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com seu
Jeito infinito de ser homem.

Fonte:Padre Fábio de Melo

Todos que fazem a
Paróquia de São João Batista,
em São João do Sabugi/RN
Parabeniza todos os PAIS!
Que Deus Abênçõe a todos!
Colaboradora
Cleane Medeiros

A PRECIOSA BÊNÇÃO DOS PAIS

Quando eu era criança, estava acostumado a pedir a bênção aos meus pais - a qualquer hora que saísse ou chegasse em casa -, naquele apressado “Bença, pai!”, “Bença, mãe!”, tão apressado que quase não ouvia a resposta. Todos nós, quando crianças, estávamos tão acostumados a pedir a bênção dos pais que, quando saíamos sem ela, parecia-nos que faltava algo à nossa segurança ou ao sucesso de nossos planos… Ao menos quatro vezes por dia eu e meus oito irmãos pedíamos a bênção a nossos pais: ao acordar, ao irmos para a escola, ao voltar da escola, e ao se deitar.

Hoje, passados os anos, tenho profunda consciência da importância da bênção dos pais na vida dos filhos. É a Sagrada Escritura que nos alerta da necessidade dessa bênção. Toda a Bíblia está repleta de passagens indicando a importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos. Os pais são os cooperadores de Deus na criação dos filhos e, dessa forma, são também um canal aberto para que a bênção divina chegue aos filhos.

O livro do Deuteronômio registra o quarto mandamento: “Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prosperes na terra que te deu o Senhor teu Deus” (Dt 5,16). Desta forma, Deus promete vida longa e prosperidade àqueles que honram os pais. São Paulo disse que esse é “o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa de Deus” ( Ef 6,2).

Os livros dos Provérbios e do Eclesiástico estão cheios de versículos que trazem a marca da presença dos pais. Eis um deles: “A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” (Eclo 3,11). Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição!) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, a Escritura nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio que Deus escolheu para agraciar os filhos. Deus quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer a Sua bênção chegar aos filhos. É a forma que Deus usou para deixar clara a importância dos pais. Analisemos estas passagens marcantes:

“Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos. Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles.
Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia. Pois um homem adquire glória com a honra de seu pai, e um pai sem honra é a vergonha do filho. Como é infame aquele que abandona seu pai, como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe!” (Eclo 3, 2-3.5-6.9-10.13.18).

Todos esses versículos do capítulo 3 do Eclesiástico mostram claramente a grande importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos e, de modo especial, à bênção paterna e materna. Infelizmente, muitos pais parece que já não sentem a prerrogativa que Deus lhes deu para educar formar e abençoar os filhos. Muito já não acreditam no poder da bênção paterna e nem mesmo ensinam os filhos a pedi-la.

Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas de Deus. Não importa qual seja a idade do filho, ele sempre deve pedir a bênção de seus pais. E também não importa se o velho pai é um doutor ou um analfabeto, o filho não deve perder a oportunidade de ser abençoado por ele, se possível todos os dias, mesmo já adulto.

Se você ainda tem seus pais (ou apenas um deles) não perca a oportunidade que Deus lhe dá de beijar-lhes as mãos e pedir-lhes a bênção, para que Deus abençoe você, guiando seus passos e protegendo sua vida. Importa jamais nos esquecermos de que enquanto “a bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” (Eclo 3,11).
Fonte - Prof. Felipe Aquino
Colaboradora
Cleane Medeiros

sábado, 8 de agosto de 2009

EVANGELHO DO DIA - Ano B - Dia: 09/08/2009


O pão da vida

Leitura Orante
Jo 6,41-51

Eles começaram a criticar Jesus porque ele tinha dito: "Eu sou o pão que desceu do céu." E diziam: - Este não é Jesus, filho de José? Por acaso nós não conhecemos o pai e a mãe dele? Como é que agora ele diz que desceu do céu? Jesus respondeu: - Parem de resmungar contra mim. Só poderão vir a mim aqueles que forem trazidos pelo Pai, que me enviou, e eu os ressuscitarei no último dia. Nos Profetas está escrito: "Todos serão ensinados por Deus." E todos os que ouvem o Pai e aprendem com ele vêm a mim. Isso não quer dizer que alguém já tenha visto o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; ele já viu o Pai. - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem crê tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os antepassados de vocês comeram o maná no deserto, mas morreram. Aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre. E o pão que eu darei para que o mundo tenha vida é a minha carne.


LEITURA ORANTE
Preparo-me para a Leitura Orante, rezando: Vinde, Espírito Santo, E dai-nos o dom da sabedoria, para que possamos avaliar todas as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimento da vida os projetos de amor do Pai.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Jo 6,44-51, e observo Jesus que fala do pão da vida.
Jesus afirma que quem crê, tem a vida eterna. Volta a dizer que é o pão da vida. Diz ainda "Quem come deste pão tem a vida eterna". Sabemos que este pão de vida nos é dado pela Eucaristia. A Eucaristia, assim como necessitamos de alimentos para viver fisicamente, precisamos marcar o ritmo do nosso quotidiano com o verdadeiro pão da vida. O cardeal Van Thuan dizia: "O que devemos fazer com a nossa vida? "Eucaristizar". Transformar tudo em Eucaristia." E quanto mais formos Eucaristia, menos fome teremos e seremos fortes para a missão que Deus nos confia.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? O que busco como alimento para meu espírito, para minha vida cristã?. De que me nutro para esta missão? Qual é a fonte que sacia minha sede de vida? Quanto mais eu for fonte, menos sede terei e poderei ajudar as pessoas que também estão com sede.

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a canção do padre Zezinho,scj: Esperar contra toda esperança Partilhar com carinho da mesa Onde Deus vem nos alimentar Confiar como simples criança Que não sabe talvez a resposta Mas aceita do Pai a proposta É meu jeito de crer e de amar Todos os dias na Eucaristia Minha alma confia Que acontece um milagre impossível Deus me alimenta de paz e de luz No corpo e no sangue do Cristo Jesus Na tormenta, saber que a bonança Está perto e seguir confiante E por mais que pareça distante Perseguir o lugar que é só meu Caminhar como quem não se cansa Olhos fitos na meta escolhida E apostar nesta meta uma vida Eis a herança que o Mestre me deu Todos os dias na Eucaristia Minha alma confia Que acontece um milagre impossível Deus me alimenta de paz e de luz No corpo e no sangue do Cristo Jesus

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Buscarei alimentar minha vida com o pão do céu, deixar-me "eucaristizar" e ver o mundo na ótica de Jesus Mestre. Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Comentário do Evangelho

Jesus, pão da vida eternaDiante da proclamação da origem divina de Jesus, os judeus o rejeitam. A tradicional identificação de Deus com o "poder" impede que reconheçam a revelação de Deus nos pequenos e humildes. Contra Jesus, alegam sua condição humilde, conhecida por todos. Ele é o filho de José, e todos conhecem seu pai e sua mãe. Jesus e sua família são tipos comuns em sua terra, Nazaré, onde já vivem há cerca de trinta anos, sem que nada de extraordinário os destacasse dos demais. Esta condição de vida de Jesus, simples e comum, é salientada nos quatro Evangelhos. É o que Jesus quer indicar ao identificar-se com o "Filho do homem" inúmeras vezes nos Evangelhos. Por outro lado, as observações sobre a ordinária condição da vida de Jesus descartam a existência de alguma genealogia que o vinculasse a uma descendência davídica, o que certamente teria colocado sua família e ele em destaque entre os demais. A grande revelação de Jesus, que viu o Pai e foi enviado pelo Pai, é justamente a presença de Deus entre os pequenos e humildes. Esta revelação, no tempo de Jesus e posteriormente, sempre foi mal compreendida por muitos. Já os discípulos, equivocados, viam nele um messias davídico poderoso, e ao longo da história Jesus foi consagrado como Cristo Rei. O Pai revela seu amor em Jesus e por ele somos atraídos. O pão descido do céu é Jesus concebido no ventre de Maria, e que viveu, cerca de trinta anos, uma vida comum na sua cidade de origem; e, depois, cerca de três anos, em contato com as multidões revelando-lhes o Pai que o enviou. Doando-se a fim de comunicar a vida, consagrou-se à libertação de todos das opressões e da morte, levando a esperança de um mundo novo, pela prática do amor. Ser atraído por Jesus e crer nele é seguilo, na adesão concreta ao projeto de Deus. Alimentar-se de Jesus é contemplá-lo e seguir seus passos, como na prefiguração de Elias (primeira leitura). Na bondade, na compaixão e no perdão (segunda leitura), na fraternidade comunitária e na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em comunhão com Jesus, pão da vida eterna.

Oração

Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na busca do Ressuscitado.


Colaboradora
Cleane Medeiros

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ABERTURA DA FESTA DA CAPELA DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO - IPUEIRA

A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro realizou abertura da Festa. Contou com a presença do Administrador Paroquial Pe. Janilson, Sr. Bispo Diocesano Dom Delson Pedreira, Pe. Francisco Martins, peregrinos de São João do Sabugi e de 44 jovens do grupo jovem JUPAC da Matriz de São João Batista. Além da grande participação de todos os Ipueirense.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Mensagem do Papa Bento XVI ocasião da passagem do "Dia do Padre”

Nota: Abaixo, segue na íntegra a mensagem do Papa e uma breve biografia de São João Maria Vianney.

Ser padre é ser abençoado e verdadeiramente escolhido por Deus. Sem dúvida nenhuma, somente alguém que tem Deus ao seu lado é capaz de realizar tantos feitos como celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai pode fazer. Um pai espiritual dado pelo Senhor para nos guiar no caminho da salvação.Ser padre não é uma tarefa fácil! Deixar tudo é entregar-se completamente nas mãos do Senhor pede vocação, força e fé. Muita fé. O padre é um ser humano sujeito a tentações, fraquezas e também emoções e sentimentos. É claro que, em alguns casos, nem sempre os limites humanos são superados, mas a graça divina e a oração constante são a melhor ajuda para os momentos de dificuldade.O padre precisa de nós tanto quanto nós dele. Precisa do nosso apoio, colaboração e compreensão; precisa do nosso amor, da nossa amizade e de nossas orações. Precisa que rezemos pedindo que Deus o santifique, ampare e console nos instantes de fraqueza; que Deus lhe dê animo e coragem para seguir confiante e com alegria em sua missão.
Este dia deve ser repleto de agradecimentos e louvor pelo padre que temos. Deve ser o dia de um abraço caloroso e fraternal, de um “muito obrigado” sincero e de festa. Ter um padre em nossas comunidades é uma benção de Deus e isto precisa ser celebrado com muito amor e alegria.Felicidades a todos os padres. Que Deus sempre os abençoe e guarde, hoje e sempre.

São João Maria Vianney

São João Maria Vianney, nasceu em Dardilly, povoado francês, ao norte de Lyon, no ano de 1786.Camponês de mente rude percebia desde cedo sua vocação ao sacerdócio, mas antes de sua Consagração, chegou a ser um desertor do exército napoleônico, pois não conseguia acertar o passo com o seu batalhão.
João Maria Vianney era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, graças a esta vida de piedade, conseguiu chegar ao sacerdócio, porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do latim, filosofia e teologia da época, pelo que seus mestres, desanimados, deixaram até de interrogá-lo. É lástima, disse um ao Vigário Geral, porque é modelo de piedade. “Modelo de piedade - exclamou o vigário - Então vou promovê-lo, e a graça de Deus fará o resto”.Em 1815 recebeu as ordens sagradas, mais sem a autorização para confessar, foi enviado a uma insignificante aldeia, com cerca de 230 paroquianos. Era coadjutor do Padre Balley, a quem se atribui o mérito de haver percebido naquele bobo “iluminado” os carismas da santidade. Foi então enviado para Ars como vigário capelão ou cura.Sua vida era oração, penitência, caridade, cumprindo assim com zelo seu ministério sacerdotal, permanecendo horas e horas atendendo confissões.Começaram a acorrer de toda a França, e até do estrangeiro, peregrinos desejosos de se confessar com ele ou de lhe pedir orientação.Desde 1830 até sua morte, acorriam anualmente 100 mil peregrinos a Ars, o que perfazia uma média de mais de 270 por dia. Para atender a tanta gente o zeloso pároco precisava passar no confessionário, de 12 a 18 horas diárias. Levava, ademais, uma vida muito austera e sacrificada, e durante 35 anos Deus permitiu que o demônio o atormentasse com contínuos ataques.São João Maria Vianney morreu no dia 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos. Ars foi transformada em meta de peregrinações antes mesmo do Papa Pio XI canonizá-lo.Foi canonizado em 1925 e é venerado como padroeiro dos párocos.
Fonte: Artigo - jornal o Sagrado
Colaboradora
Cleane Medeiros

domingo, 2 de agosto de 2009

REFLEXÃO SOBRE O MÊS VOCACIONAL


Temos, durante o ano, os assim chamados “meses temáticos”. Embora haja uma discussão sobre a oportunidade dos mesmos, eles continuam em nossas tradições e são comemorados na liturgia em nossas comunidades e na devoção de nosso povo.

Sabemos que os temas de doutrina, devoção, comportamento, moral, mística aparecem durante o ano iluminados pelas diversas perícopes da Palavra de Deus que nos alimentam no decorrer desse tempo. Além disso, o próprio tempo litúrgico traz à mente e ao coração celebrações marcantes que nos ajudam a nos colocarmos atentos aos sinais de Deus em nossas vidas. Como se não bastasse isso, também durante a nossa caminhada anual esses mesmos temas voltam em outras celebrações oficiais ou devocionais.

Temos, portanto, muitas oportunidades de reflexão sobre assuntos importantes para nossa caminhada, e aquele que participa das nossas liturgias irá escutando, nas celebrações comunitárias, a leitura completa da Sagrada Escritura, ao final de 3 anos (A, B e C) na liturgia dominical, ou após 2 anos (Pares e Ímpares) na liturgia ferial ou semanal.

Acrescentemos a tudo isso as festas de Cristo, Maria e dos Santos e Santas que, durante o ano, concretizam, pelo exemplo, a vivência da Palavra de Deus durante as várias épocas da história cristã.

O mês de Agosto é o Mês Vocacional! Durante este mês somos convidados a rezar e a refletir sobre as diversas vocações: ao ministério ordenado, à vida matrimonial, à vida consagrada, à vida do cristão leigo. Essas reflexões costumam ser feitas nas quatro semanas do mês, sendo cada vocação comemorada em um dos domingos que, pela proximidade de alguma festa ligada ao assunto, é escolhido para “sediar” essa reflexão. Assim é que, por exemplo, como o Dia do Pároco ocorreu no último dia 4 de agosto, comemoração de São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, no domingo que segue recordamos a vocação presbiteral, sacerdotal ou do padre. Como no segundo domingo de agosto é tradição comemorar o Dia dos Pais, aproveitamos a ocasião para recordar a vocação matrimonial e iniciar a Semana Nacional da Família, como é também o caso da vocação à vida consagrada, comemorada no domingo mais próximo ao dia 15 de agosto, solenidade da Assunção de Maria, que, por sua vez, também é transferida para o domingo. No último domingo, junto com o Dia do Catequista, recordaremos a vocação do cristão leigo.

Mas essas reflexões aparecem também em outras datas como, por exemplo, a vocação à vida presbiteral reaparece na Quinta-feira Santa, quando celebramos a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, que é o momento da renovação das promessas sacerdotais. Temos também a comemoração do Dia de Oração pela Santificação do Clero na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e o Dia de Oração pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas no Domingo do Bom Pastor, quarto domingo da Páscoa. O mesmo acontece com as demais comemorações. Como vemos, encontramos várias vezes durante o ano as reflexões vocacionais e também muitas outras.No entanto, seria desejável que, além das orações e reflexões realizadas nas celebrações, tivéssemos também a oportunidade de refletir esses tempos em nossas pequenas comunidades, grupos de reflexão, reuniões de pastorais e movimentos. Assim, poderíamos aprofundar ainda mais esses
temas.Quero também recordar um outro fator que passa despercebido por muitos: no primeiro domingo, além da proximidade com a Comemoração do Cura d’Ars, temos também a Comemoração do Diácono S. Lourenço, no dia 10 de agosto, e já é costume entre nós celebrar nesse dia o Dia da Vocação dos Diáconos. Existirão sempre outras oportunidades de celebrar as diversas vocações, mas seria interessante que pudéssemos contemplar neste mês de agosto uma espécie de “resumo anual” de nossas reflexões vocacionais.

D. Orani João Tempesta, O. Cist. Arcebispo Metropolitano

Colaboradora
Cleane Medeiros